Um sentir só
quero falar desse nada em minha garganta
de esse vazio sentir que meu peito sustenta
dessa certeza única que meu ser alcança
quebra minhas pernas e me deixa suspensa
com o corpo em dor recostado na mureta
pó perplexo desejando vento pra voar
correr a cruenta jornada ao céu de pureza
ou permanecer poeira presa a vida toda
sedenta, cede ao toque das estrelas nuas
sôfrega sede faz uivar cães na rua vazia
ímpios olhos acusam esse momento vulgar
ímpetos sossegados na vida sem valia
2 comentários:
" correr a cruenta jornada ao céu de pureza ou permanecer poeira presa a vida toda?...
Belo; incógnito, peculiar...
Abraços poéticos.
A dor sempre se faz silencio
O silencio sempre se faz grito
(entre vazios)
Boa e sentida poesia
Bjo.
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